3 de ago. de 2012

TENHAMOS FÉ




44-TENHAMOS FÉ

"..vou preparar-vos lugar." - Jesus, (JOÃO, 14:2.)


Sabia o Mestre que, até à construção do Reino Divino na Terra,quantos o acompanhassem viveriam na condição de desajustados,trabalhando no progresso de todas as criaturas, todavia, "sem lugar"
adequado aos sublimes ideais que entesouram.
Efetivamente, o cristão leal, em toda parte, raramente recebe o respeito que lhe é devido:
Por destoar, quase sempre, da coletividade, ainda não
completamente cristianizada, sofre a descaridosa opinião de muitos.
Se exercita a humildade, é tido à conta de covarde.
Se adota a vida simples, é acusado pelo delito de relaxamento.
Se busca ser bondoso, é categorizado por tolo.
Se administra dignamente, é julgado orgulhoso.
Se obedece quanto é justo, é considerado servil.
Se usa a tolerância, é visto por incompetente.
Se mobiliza a energia, é conhecido por cruel.
Se trabalha, devotado, é interpretado por vaidoso.
Se procura melhorar-se, assumindo responsabilidades no esforço intensivo das boas obras ou das preleções consoladoras, é indicado por fingido.
Se tenta ajudar ao próximo, abeirando-se da multidão, com os seus gestos de bondade espontânea, muitas vezes é tachado de personalista e oportunista, atento aos interesses próprios.
Apesar de semelhantes conflitos, porém, prossigamos agindo e servindo, em nome do Senhor.
Reconhecendo que o domicílio de seus seguidores não se ergue sobre o chão do mundo, prometeu Jesus que lhes prepararia lugar na vida mais alta.
Continuemos, pois, trabalhando com duplicado fervor na sementeira do bem, à maneira de servidores provisoriamente distanciados do verdadeiro raro
"Há muitas moradas na Casa do Pai."
E o Cristo segue servindo, adiante de nós.
Tenhamos fé.

Retirado do Livro “Fonte Viva” Francisco Cândido Xavier




Prece do Orientador Eusébiio




PRECE

Senhor da Vida,
Abençoa-nos o propósito,
De penetrar o caminho da Luz!...

Somos Teus filhos,
Ainda escravos de círculos restritos,
Mas a sede do Infinito
Dilacera-nos os véus do ser.

Herdeiros da Imortalidade,
Buscamos-Te as fontes eternas,
Esperando confiantes, em Tua misericórdia.

De nós mesmos, Senhor, nada podemos.
Sem Ti, somos fontes decepadas
Que o fogoda experiência
Tortura ou transforma.

Unidos, no entanto, ao Teu Amor,
Somos continuadores gloriosos
De tua Criação Interminável.

Somos alguns milhares
Neste campo terrestre;
E, Antes de tudo,
Louvamos-Te a grandeza
Que não nos oprime a pequenez...

Dilata-nos a percepção diante da vida,
Abre-nos os olhos
Enevoados pelo sono da ilusão,
Para que divisemos Tua glória sem fim!
Desperta-nos docemente o ouvido,
A fim de percebermos o cântico
De tua sublime eternidade.
Abençoa as sementes da sabedoria
Que os teus mensageiros esparziram
No campo de nossas almas;
Fecunda-nos o solo interior,
Para que os divinos germens não pereçam.

Sabemos Pai,
Que o suor do trabalho
E a lágrima da redenção
Constituem adubo generoso
À floração de nossas sementeiras;
Todavia,
Sem Tua benção,
O suor enlanguesce
E a lágrima desespera...
Sem Tua mão compassiva,
Os vermes das paixões
E as tempestades de nossos vícios
Podem arruinar-nos a lavoura incipiente...

Acorda-nos, Senhor da Vida,
Para a luz das oportunidades presentes;
Para que os átrios da luta não as inutilizem,
Guia-nos os pés para o supremo bem;
Reveste-nos o coração
Coma Tua serenidade paternal,
Rebustecendo-nos a resistência!
Poderoso Senhor,
Ampara a fragilidade,
Corrige-nos os erros,
Esclarece-nos a ignorância,
Acolhe-nos em Teu amoroso regaço.

Cumpram-se, Pai Amado,
Os Teus desígnios soberanos,
Agora e sempre.
Assim Seja

Retirado do Livro “No mundo Maior” Francisco Cândido Xavier , Cap. 1 , pg.21.