5 de jul. de 2013

EXISTÊNCIA DE DEUS

Existência de Deus
Conta-se que um velho árabe analfabeto
orava com tanto fervor e com tanto carinho,
cada noite, que, certa vez, o rico chefe de grande
caravana chamou-o à sua presença e lhe
perguntou: 
Porque oras com tanta fé?
Como sabes que Deus existe, quando nem ao
menos sabes ler? O crente fiel respondeu:
Grande senhor, conheço a existência de
Nosso Pai Celeste pelos sinais dele.
Como assim? Indagou o chefe, admirado.O servo humilde explicou-lhe: Quando o senhor
recebe uma carta de pessoa ausente, como
reconhece quem a escreveu? 
Pela letra.Quando o senhor recebe uma jóia, como é que se
informa quanto ao autor dela?
Pela marca do ourives. O empregado sorriu e
acrescentou: 
Quando passos ao redor da tenda,
como sabe, depois, se foi um carneiro,
um cavalo ou um boi?
Pelas rastros- respondeu o chefe, surpreendido.Então o velho crente convidou-o para fora da
barraca e, mostrando-lhe o céu, onde a Lua
brilhava, cercada por multidões de estrelas,
exclamou, respeitoso:
Senhor aqueles sinais, lá encima, não podem ser
dos homens! 
Nesse momento, o orgulhoso
caravaneiro, de olhos lacrimosos, ajoelhou-se
na areia e começou a orar também.
Chico Xavier

EVOLUÇÃO


DEUS


NOVA ERA -LIVRO DE ROGER BOTTINI PARANHOS

Estudo do livro A NOVA ERA de Roger Bottini Paranhos 
http://www.universalismocristico.com.br/#!livros/vstc5= a-nova-era     
Tema01 – Estudo do Capitulo 1 – Pag12 A descrença atual sobre as verdades espirituais 
PERGUNTA: — Por que o homem se torna, a cada dia, mais ateu ou cultiva um espírito religioso superficial, enquanto as comunicações espirituais nos informam que o homem do Terceiro Milénio evoluirá e se tornará mais espiritualizado? 
HERMES: — Isso é algo normal! Devemos lembrar que ainda é pequeno o número de "eleitos" na face do planeta, pois a grande maioria dos encarnados é composta de espíritos endividados para com a Lei de Deus; portanto, ainda não conquistaram o ingresso para a Terra do Terceiro Milénio. E, a despeito disso, continuam cultivando os seus vícios de conduta e desprezando a oportunidade dada pelo Pai. Em meio à transição planetária rumo à Nova Era, ainda vivem, e viverão por algumas décadas, espíritos com graves distúrbios oriundos de séculos de encarnações voltadas para o mal e egoísmo. Mas, com o passar dos anos, esse cenário será alterado gradualmente, fazendo com que a coletividade se volte para a comunhão com o Plano Espiritual Superior. 
A nova humanidade, composta de espíritos seletos, aprenderá a estabelecer um contato regular e disciplinado com o Mundo Espiritual. Os meios de comunicação abandonarão o cultivo de programas de baixo nível cultural, que "emburre-cem" a população, para, então, despertar o homem desta Nova Era de paz e amor para as Verdades Imortais. E isso acontecerá naturalmente, pois os eleitos, almas sedentas na busca pela evolução, desprezarão essa massiva carga de informações medíocres que recebem atualmente e darão atenção somente à programação instrutiva. Os meios de comunicação, sempre em busca de audiência, atenderão certamente ao novo anseio popular.   
Tema para meditação:   Mediante a afirmação de Hermes sobre a postura do novo homem da nova era, como cada um de nós podemos nos ajustar a este novo mundo que se deslumbra sobre nossos olhos e aos desejos de evolução?  

A CAMINHO DA NOVA ERA

Os grandes mestres da Espiritualidade nos informam que a chegada do terceiro milênio indica o fim da Era de Peixes, regida pela mensagem amorosa de Jesus, e o início do ciclo de Aquário, período em que a humanidade terá novas metas a alcançar em sua senda evolutiva.

Após o período de transição para a Nova Era, somente os espíritos eleitos através da conquista do amor e das demais virtudes cristãs obterão o ingresso para prosseguirem reencarnando na Terra, enquanto os rebeldes que não se enquadrarem dentro do perfeito código moral do Evangelho de Jesus serão exilados para um mundo de ordem inferior, onde realizarão suas experiências reencarnatórias futuras, sempre lamentando o paraíso perdido, assim como descrito na lenda bíblica a respeito de Adão e Eva. 

O cenário acima descrito convida-nos a profundas reflexões...

Se estamos aqui encarnados nesse crucial momento de evolução de nossa humanidade (e temos consciência disso) é porque assumimos um compromisso com a Alta Espiritualidade antes de reencarnarmos no sentido de promovermos a evolução das religiões preparando-as para a mentalidade da Era de Aquário, ou seja, direcionando-as para uma verdadeira consciência espiritual, liberta de dogmas e rituais exteriores, procurando voltá-las para uma sincera e exclusiva busca do amor e da sabedoria incondicionais.

O que resume a nossa presença na Terra física, ou seja, estarmos reencarnados no mundo material, é a necessária conquista de evolução, não somente no campo espiritual propriamente dito, mas em todos os sentidos. É fundamental que nos tornemos pessoas melhores a cada dia para nos libertarmos da barbárie rumo a um nível superior de civilidade, que se assemelha ao reino dos Céus pregado por Jesus em suas maravilhosas parábolas evangélicas.

Durante a era passada, a Era de Peixes, procuramos desenvolver, em sucessivas encarnações, o amor crístico, a fé, a paciência, a tolerância, o respeito mútuo, etc.  Porém, a Nova Era, que já estamos adentrando, convidará os eleitos para novos desafios, muitos deles de ordem racional e intelectual, procurando o Entendimento Divino através do estabelecimento de relações lógicas. A resposta já não mais será: É assim porque Deus quis, mas seremos constantemente convocados a obter respostas sobre o engenhoso mecanismo das vidas física e espiritual e, também, seremos convidados a sermos co-criadores, junto com o Pai Celestial, como já é possível vislumbrar através dos ensaios científicos sobre engenharia genética e clonagem.

O maior desafio dos espiritualistas será, portanto, construir a ponte entre espiritualismo e materialismo, que jamais deveriam ter sido dissociados. Será necessário que venhamos a construir um novo modelo religioso que evolua junto com a humanidade física. Isso fará com que a sociedade gradualmente abandone o seu materialismo e ceticismo tão prejudiciais à eterna busca da evolução. O Espiritismo codificado por Allan Kardec já deu um grande passo nesse sentido, promovendo uma modernização do entendimento espiritual à sua época. Mas com os grandes saltos científicos atuais é imprescindível que os estudos espiritualistas assim procedam também, haja vista o plano espiritual ser muito mais evoluído que o nosso limitado mundo físico. 

Devido a isto, os grandes mestres nos orientam, nesse primeiro momento, à busca de um Universalismo Religioso, com o objetivo de unirmos forças para a construção desse novo modelo espiritual, que será, na verdade, uma grande filtragem de todas as religiões, obtendo o que há de melhor em cada uma, para depois buscarmos, através de estudos e experimentações, uma libertação total das amarras religiosas que escravizam a humanidade, ao invés de libertá-la. Assim sendo o que é proposto não é um sincretismo religioso. A tolerância e respeito a todos os credos religiosos é um principio que já deveria ter sido atingido na Era de Peixes (como já citamos). A religião universal da Nova Era não deverá ser apenas um multi-culturalismo, onde todos pensam conforme a sua religião e serão respeitados por isto. Este padrão religioso já foi definido e parcialmente conquistado.

A proposta para a Nova Era é libertar-se de tradições, ritos e dogmas que foram importantes e necessários em seu tempo, promovendo a evolução de seus adeptos, mas que hoje em dia apenas afastam as mentalidades modernas das religiões. O ceticismo de muitos jovens hoje em dia reside mais em seu descrédito aos métodos religiosos ultrapassados, do que propriamente em relação a sua falta de fé e respeito aos assuntos de ordem espiritual. Talvez esses espíritos recentemente encarnados sejam até mesmo mais evoluídos do que os espiritualistas mais esclarecidos, só que as suas mentes sagazes aguardam a compreensão espiritual da Nova Era, mais moderna, racional e esclarecedora. 

O novo padrão espiritual do terceiro milênio, o Universalismo Crístico, deve ser visto não como uma salada de religiões, porém como a união de todos aqueles que sentem a luz de Deus em seus corações convidando-os a construção de um mundo melhor. E devemos lembrar sempre que evolução significa: movimento ou deslocamento gradual e progressivo em determinada direção.  No nosso caso, em direção à luz e ao amor do Cristo.
Roger Bottini Paranhos

MEDIUNIDADE

ANTE A MEDIUNIDADE

Depois de um século de mediunidade, à luz da Doutrina Espírita, com inequívocas provas da sobrevivência, nas quais a abnegação dos Mensageiros Divinos e a tolerância de muitos sensitivos foram colocadas à prova, temo-la, ainda hoje, incompreendida e ridicularizada.
Os Intelectuais, vinculados ao ateísmo prático, desprezam-na até agora, enquanto os cientistas que a experimentam se recolhem, quase todos, aos palanques da Metapsíquica, observando-a com reserva. Junto deles, porém, os espíritas sustentam-lhe a bandeira de trabalho e revelação, conscientes de sua presença e significado perante a vida. Tachados,
muitas vezes, de fanáticos, prosseguem eles, à feição de pioneiros, desbravando, sofrendo, ajudando e construindo, atentos aos princípios enfocados por Allan Kardec em sua codificação basilar.
Alguém disse que «os espíritas pretenderam misturar, no Espiritismo, ciência e religião, o que resultou em grande prejuízo para a sua parte científica”. E acentuou que “um historiador, ao analisar as ordenações de Carlos Magno, não pensa em Além-Túmulo; que um fisiologista, assinalando as contrações musculares de uma rã não fala em esfera. ultraterrestres; e que um químico, ao dosar o azoto da lecitina, não se deixa impressionar por nenhuma fraseologia da sobrevivência humana”, acrescentando que, “em Meta-psíquica, é necessário proceder de igual modo, abstendo-se o pesquisador de sonhar com mundos etéreos ou emanações anímicas, de maneira a permanecer no terra-a-terra, acima de qualquer teoria, para somente indagar, muito humildemente, se tal ou tal fenômeno é verdadeiro, sem o propósito de desvendar os mistérios de nossas vidas pregressas ou vindouras”.Os espírita, contudo, apesar do respeito que consagram à pesquisa dos sábios, não podem abdicar do senso religioso que lhes define o trabalho. Julgam lícito reverenciá-los, aproveitando-lhes estudos e equações, qual nos conduzimos nestas páginas (13), tanto quanto eles mesmos, os sábios, lhes homenageiam o esforço, utilizando-lhes o campo de atividade para experimentos e anotações.
Consideram os espíritas, que o historiador, o fisiologista e o químico podem não pensar em Além-Túmulo, mas não conseguem avançar desprovidos de senso moral, porquanto o historiador, sem dignidade, é veículo de imprudência; o fisiologista, sem respeito para consigo próprio, quase sempre se transforma em carrasco da vida humana, e o químico, desalmado, facilmente se converte em agente da morte.
Se caminham atentos à mensagem das Esferas Espirituais, isso não quer dizer se enquistem na visão de “mundos etéreos”, para enternecimento beatifico e esterilizante, mas para se fazerem elementos úteis na edificação do mundo melhor. Se analisam as emanações anímicas é porque desejam cooperar no aperfeiçoamento da vida espiritual no Planeta, assim como na solução dos problemas do destino e da dor, junto da Humanidade, de modo a se esvaziarem
penitenciarias e hospícios, e, se algo procuram, acima do “terra-a-terra”, esse algo é a educação de si mesmos, através do bem puro aos semelhantes, com o que aspiram, sem pretensão, a orientar o fenômeno a serviço dos homens, para que o fenômeno não se reduza a simples curiosidade da inteligência.
Quanto mais investiga a Natureza, mais se convence o homem de que vive num reino de ondas transfiguradas em luz, eletricidade, calor ou matéria, segundo o padrão vibratório em que se exprimam.
Existem, no entanto, outras manifestações da luz, da eletricidade, do calor e da matéria, desconhecidas nas faixas da evolução humana, das quais, por enquanto, somente poderemos recolher informações pelas vias do espírito.
Prevenindo qualquer observação da critica construtiva, lealmente declaramos haver recorrido a diversos trabalhos de divulgação científica do mundo contemporâneo para tornar a substância espírita deste livro mais seguramente compreendida pela generalidade dos leitores, como quem se utiliza da estrada de todos para atingir a meta em vista, sem maiores dificuldades para os companheiros de excursão. Aliás, quanto aos apontamentos científicos humanos, é preciso reconhecer-lhes o caráter passageiro, no que se refere à definição e nomenclatura, atentos à circunstância de que a experimentação constante induz os cientistas de um século a considerar, muitas vezes, como superado o trabalho dos cientistas que os precederam.
Assim, as notas dessa natureza, neste volume, tomadas naturalmente ao acervo de Informações e deduções dos estudiosos da atualidade terrestre, valem aqui por vestimenta necessária, mas transitória, da explicação espírita da mediunidade, que é, no presente livro, o corpo de idéias a ser apresentado.
Não podemos esquecer a obrigação de cultuar a mediunidade e acrisolá-la, aparelhando-nos com os recursos precisos ao conhecimento d nós meninos.
A Parapsicologia nas Universidades e o estudo dos mecanismos do cérebro e do sonho, do magnetismo e do pensamento nas instituições ligadas à Psiquiatria e ás ciências mentais, embora dirigidos noutros rumos, chegarão igualmente á verdade, mas, antes que se integrem conscientemente no plano da redenção humana, burilemos, por nossa vez, a mediunidade, à luz da Doutrina Espírita, que revive a Doutrina de Jesus, no reconhecimento de que não basta a observação dos fatos em si, mas também que se fazem indispensáveis a disciplina e a iluminação dos ingredientes morais que os constituem, a fim de que se tornem ‘fatores de aprimoramento e felicidade, a benefício da criatura em trânsito para a realidade maior.
(13) A convite do Espírito André Luiz, os médiuns Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira receberam os textos deste livro em noites de quintas e terças-feiras, na cidade de Uberaba, Estado de Minas Gerais. O prefácio de Emmanuel e os capítulos pares foram recebidos pelo médium Francisco Cândido Xavier, e o prefácio de André Luiz e os capítulos ímpares foram recebidos pelo médium Waldo Vieira. — (Nota dos médiuns.)

ANDRÉ LUIZ
Uberaba, 11-8-59
(Apresentação do livro MECANISMOS DA MEDIUNIDADE)

LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER

Solidão aparente

Em meados de 1932, o "Centro Espírita Luiz Gonzaga" estava reduzido a um quadro de cinco pessoas, José Hermínio Perácio, D. Carmen Pena Perácio, José Xavier, D. Geni Pena Xavier e o Chico. Os doentes e obsidiados surgiram sempre, mas, logo depois das primeiras melhoras, desapareciam como por encanto. Perácio e senhora, contudo, precisavam transferir-se para Belo Horizonte por impositivos da vida familiar. O grupo ficou limitado a três companheiros. D. Geni, porém, a esposa de José Xavier, adoeceu e a casa passou a contar apenas com os dois irmãos. José, no entanto, era seleiro e, naquela ocasião, foi procurado por um credor que lhe vendia couros, credor esse que insistia em receber-lhe os serviços noturnos, numa oficina de arreios, em forma de pagamento. Por isso, apesar de sua boa vontade, necessitava interromper a freqüência ao grupo, pelo menos, por alguns meses. Vendo-se sozinho, o Médium também quis ausentar-se. Mas, na primeira noite, em que se achou a sós no centro, sem saber como agir, Emmanuel apareceu-lhe e disse: - Você não pode afastar-se. Prossigamos em serviço. - Continuar como? Não temos freqüentadores... - E nós? - disse o espírito amigo. - Nós também precisamos ouvir o Evangelho para reduzir nossos erros. E, além de nós, temos aqui numerosos desencarnados que precisam de esclarecimento e consolo. Abra a reunião na hora regulamentar, estudemos juntos a lição do Senhor, e não encerre a sessão antes de duas horas de trabalho. Foi assim que, por muitos meses, de 1932 a 1934, o Chico abria o pequeno salão do Centro e fazia a prece de abertura, às oito da noite em ponto. Em seguida, abria o "Evangelho Segundo o Espiritismo", ao acaso e lia essa ou aquela instrução, comentando-a em voz alta. Por essa ocasião, a vidência nele alcançou maior lucidez. Via e ouvia dezenas de almas desencarnadas e sofredoras que iam até o grupo, à procura de paz e refazimento. Escutava-lhes as perguntas e dava-lhes respostas sob a inspiração direta de Emmanuel. Para os outros, no entanto, orava, conversava e gesticulava sozinho... E essas reuniões de um Médium a sós com os desencarnados, no Centro, de portas iluminadas e abertas, se repetiam todas as noites de segundas e sextas-feiras.