14 de jun. de 2012

Deus, imutável que é, não fica maior e, menos ainda, se torna menor

Deus, imutável que é, não fica maior e, menos ainda, se torna menor
Quero deixar claro que nunca tenho interesse de agredir a Igreja Católica e nenhuma das outras igrejas cristãs ou qualquer outra religião. O que acontece é que defendo a teologia espírita, que é bíblica e, automaticamente, ela se opõe às teologias das outras crenças cristãs, que são mais baseadas em dogmas e não tanto na Bíblia, embora muitas pessoas não saibam disso.

E vamos à Bíblia, que é monoteísta, e para a qual Jesus não é Deus. "No Princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus" (João 1: 1). O princípio aqui é da Terra e não do Universo. Verbo é Fala e a Fala estava com Deus. Ora quem está com Deus é um, e Deus é outro. Jesus é a Fala de Deus para nós, sendo também, pois, figuradamente ou de certo modo, Deus. Mas, na verdade, como foi dito acima, a fala de um ser não é bem o ser que fala. O Verbo é a fala (porta-voz) de Deus para nós.

Jesus disse, simbolicamente: Quem me vê, vê o Pai (João 10: 30). Parece que os dois são apenas um. Mas será que João assim o entendeu? Não, e aqui concordamos com os teólogos dogmáticos, que também aceitam que o Pai é um e o Filho é outro. O que Jesus quis dizer foi que o Pai e Ele estão em total sintonia. E o próprio Jesus mostra que Eles são diferentes: "Eu sou a videira, meu Pai o avicultor" (João 15: 1); "Falo como o Pai me ensinou" (João 8: 28); "Subo para meu Pai e vosso Pai, para meu Deus e vosso Deus" (João 20: 17); "O Pai é maior do que eu" (João 14: 28). De fato, Deus, o Pai, é um e Jesus, o Filho, é outro. E eis o que ensina são Paulo: "Há um só Deus verdadeiro e um só mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo, homem" (1 Timóteo 2: 5). Jesus e nós somos deuses, mas relativos: "Vós sois deuses" (João 10: 34). Jesus é o nosso Irmão Maior, pois é o ser humano mais perfeito que já houve na Terra. É nesse sentido que Ele é o Unigênito do Pai. "Por que me chamas bom?

Ninguém é bom, senão um só, que é Deus" (Marcos 10: 18); "Para nós há um só Deus, o Pai" (1 Coríntios 8: 6); "Um só Deus e Pai de todos" (Efésios 4: 6); "Um só é o vosso Pai" (Mateus 23: 9). E eis o próprio Jesus se definindo: "Sou Filho de Deus" (João 10: 36).

Deus não pode criar outro Deus absoluto igual a Ele, pois esse novo Deus não seria sempiterno, já que seria criatura e teria tido começo, e Deus é incriado. Deus não poderia criar outro Deus inferior a Ele, pois, Deus seria imperfeito, por estar criando um novo Deus inferior. E não poderia criar outro Deus superior a Ele, pois o efeito não pode ser maior do que a causa. Ademais, como já foi dito, nenhum ser, que é criado, pode ser Deus verdadeiro ou absoluto, pois Deus é sempiterno e incriado! Logo Jesus é Deus, sim, mas relativo e não absoluto, pois é criatura e não é sempiterno.

Ademais, Deus é imutável. E, se Jesus fosse Deus mesmo, além de Deus se ter modificado, ao se tornar homem, esse Deus se teria tornado também inferior, o que seria uma aberração teológica!
(Texto de José Reis Chaves)
PS:
1) 5º Congresso Alemão de Medicina da Alma, dias 3 e 4 de novembro de 2012, em Bonn-Röttgen. Contato:
vital.cruvinel@gmail.com e www.kongress-psychomedizin.com.

2) 6º Congresso de Saúde e Espiritismo de Minas Gerais, da Associação Médico-Espírita mineira e 8º Congresso do Departamento Acadêmico da AME-Brasil. Tema: "Caminhos para a cura do corpo e da alma", de 31 de agosto a 2 de setembro de 2012, em Belo Horizonte. Inscrições: Patrícia (31) 3332-5293 e
www.ameng.com.br

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