REINO MINERAL
Allan Kardec
escreve pouco sobre esse reino. Diz-nos que ele é constituído de matéria
inerte, e não possui mais do que uma força mecânica. Os minerais não têm
vitalidade e nem movimentos próprios, sendo formado apenas pela agregação da
matéria. São os chamados seres inorgânicos da natureza. A pedra, por exemplo,
não apresenta sinal de vida. Pode-se dizer que o característico básico dessa
fase é a atração,
presenciado claramente no fenômeno do magnetismo.Na intermediação com o reino vegetal, que lhe vem a seguir, investigações científicas descobriram a geração espontânea dos vírus nas estruturas cristalinas. Os vírus se situam na encruzilhada dos reinos mineral, vegetal e animal, como uma espécie de ensaio para ordenações futuras.
. REINO VEGETAL
As plantas,
compostas de matéria inerte, são dotadas de vitalidade. Elas não pensam, não
têm mais do que a vida orgânica. Podem ser afetadas por ações sobre a matéria,
mas não têm percepções; por conseguinte, não têm a sensação de dor. Como não
pensam, não podem ter vontade, e não têm consciência de si mesma; nada mais
possuem que um instinto natural e cego. O próprio instinto de conservação é
puramente mecânico.O característico básico dessa fase é a sensação.
Na intermediação com o reino hominal, que lhe vem a seguir, existe a zona dos vegetais carnívoros.
. REINO ANIMAL
Os animais,
constituídos de matéria inerte e dotados de vitalidade, têm uma espécie de
inteligência instintiva, limitada, com a consciência de sua existência e de sua
individualidade. Eles não agem só por instinto. Além do instinto, não poderia
negar a certos animais a prática de certos atos combinados, que denotam a
vontade de agir num sentido determinado e de acordo com as circunstâncias. Há
neles, portanto, uma espécie de inteligência, mas cujo exercício é mais
precisamente concentrado sobre os meios de satisfazer às suas necessidades
físicas e prover à conservação. Não há entre eles nenhuma criação, nenhum
melhoramento; qualquer que seja a arte que admiremos em seus trabalhos, aquilo
que faziam antigamente é o mesmo que fazem hoje. O João de Barro, por exemplo,
constrói o seu ninho sempre da mesma maneira.Pergunta 595 de O Livro dos Espíritos - Os animais têm livre arbítrio?
- Não são simples máquinas, mas sua liberdade de ação é limitada pelas suas necessidades, e não pode ser comparada à do homem. Sendo muito inferiores a este, não têm os mesmos deveres. Sua liberdade é restrita aos atos da vida material. A sua escolha é mecânica, por instinto. Na comparação do homem ao animal, Allan Kardec na pergunta
. REINO HOMINAL
O homem, tendo
tudo o que existe nas plantas e nos animais, domina todas as outras classes por
uma inteligência especial, ilimitada, que lhe dá a consciência do seu futuro, a
percepção das coisas extramateriais e o conhecimento de Deus.André Luiz em Evolução em Dois Mundos cita que o princípio inteligente estagiando na ameba adquire os primeiros automatismos do tato; nos animais aquáticos, o olfato; nas plantas, o gosto; nos animais, alinguagem. Hoje somos o resultado de todos os automatismos adquiridos nos vários reinos da natureza. Assim, no reino mineral adquirimos a atração; no reino vegetal, a sensação; no reino animal, o instinto; no reino hominal, o livre-arbítrio, o pensamento contínuo e a razão. (Xavier, 1977, cap. 4) Diz ainda que "nas linhas da civilização o reflexo precede o instinto, este à atividade refletida, esta à inteligência, esta, por sua vez, à razão e, finalmente, esta à responsabilidade".
A característica principal deste reino, como uma síntese de todos os anteriores, é o aparecimento do Pensamento Contínuo, do Livre-Arbítrio e da Responsabilidade Moral.
O homem é um ser a parte. O Espírito, encarnando-se no homem, transmite-lhe o princípio intelectual e moral, que o torna superior aos animais. O Espírito ao purificar-se liberta-se pouco a pouco da influência da matéria.
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